domingo, 7 de maio de 2017

História de Jussiape BA/ Chapada Diamantina

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Conheça a história e as riquezas de Jussiape BA. 
Iniciou-se o povoamento do território em meados do século XVIII, com a chegada de exploradores de ouro nas Lavras Diamantinas, que faziam pousada no lugar onde hoje se situa a cidade. Alguns se estabeleceram com a criação de bovinos, ficando a localidade conhecida por Fazenda do Gado. Cresceu o povoado em função da pecuária e do fornecimento de carne do sol da região das minas. Em 1890, mudou-se o topônimo para Juciape, vocábulo de origem tupi que significa "lugar onde a caça bebe água".
Fundada a 9 de julho de 1962, Jussiape está localizada a 630 km deSalvador – na parte meridional daChapada Diamantina, limitando-se com os municípios de Abaíra,IbicoaraMucugêRio de Contas,Ituaçu e Barra da Estiva. O município é banhado pelo Rio das Contas e a sua sede fica situada nas margens deste rio, o principal atrativo natural da cidade.
Além de possuir uma riquíssima história, Jussiape preserva seus costumes e suas tradições folclóricas e, ainda, agrega em seu território belezas cênicas singulares, o Morro do Cruzeiro de onde se tem uma vista geral da cidade; as cachoeiras do Cantagalo e do Bicho; as grutas da Tapera e da Tabatinga; a Toca da Onça no Espinho; a Serra da Itobira; os garimpos antigos; o balneário da Barra, em Caraguataí; os rios Água Suja, das Contas e Taquarí; dentre outras atrações turísticas. Há também, sítios arqueológicos significativos, a exemplo das representações pictóricas inéditas da Serra da Tapera e as pinturas rupestres do Espinho.
Fonte: Bahia turismo

      Balneário turístico do município
"Fazenda do Gado", onde tudo começou.

Praça Rodrigo Alves Teixeira 

                 
   HISTÓRIA DE JUSSIAPE

 A história do município de Jussiape está diretamente ligada à história do município de Rio de Contas-Ba e, com o movimento expansionista difundido em todo país, criou oportunidades para a penetração dos bandeirantes no sertão com o objetivo de explorar minérios como o ouro e outras pedras preciosas em lugares como rio das Contas. Nos arredores deste rio surgiram povoações como Creoulos (hoje, cidade de rio de Contas) e Mato Grosso, povoação também do atual município de Rio de Contas, que surgiram no final do século XVII e início do século XVIII. Os principais bandeirantes que se aventuraram na região foram: Sebastião Pinheiro Raposo, Damaso Coelho Pinha e Pedro Barbosa Leal. Nessa época, o vice-rei de Portugal, o Conde de Sabugosa encarregou esses bandeirantes que abrissem um caminho ligando Rio de Contas à Jacobina (também Chapada Diamantina). Damaso Coelho Pinha convocou o capitão-mor e sertanista de São Paulo, Antonio Veloso da Silva, que provavelmente tinha nacionalidade portuguesa, para auxiliá-lo na abertura dessa estrada e com isso ele fundou várias povoações. Em 1732, o sertanista ajudou Damaso Coelho Pinha em embate com os índios no trecho do rio das Contas, em Jussiape (FRANCO, 1953), a 36 km da povoação de Creoulos. Conta a história que alguns daqueles que faziam parte do movimento expansionista, inclusive Antonio Veloso da Silva, permaneceram nessa localidade às margens direita do rio das Contas onde lentamente começam surgir as primeiras casinhas de uma povoação que mais tarde sediaria a "Fazenda do Gado".
 Em 1844, por ocasião da descoberta das Lavras Diamantina, à margem esquerda do rio das Contas foi-se desenvolvendo uma povoação formada por exploradores de todas as partes atraídos pela exploração do carbonato, do diamante e de outras gemas preciosas.
 Essa povoação quando estabelecida, recebeu o nome de "Fazenda do Gado", pois estava rodeada de uma fazenda que, segundo registro documentado, pertencia ao Sr. Antonio Carvalho Soares (BAHIA, 1923). Nesse período, o lugarejo transformou-se em um espaço próspero e comercial onde os marchantes e tropeiros faziam comércio direto e semanalmente com as Lavras Diamantina, exportando bois, carnes, toucinhos, açúcar etc. O arraial recebeu esse nome pois, servia de entreposto na região para a compra e venda de animais. A Fazenda do Gado "era um povoado próspero e o rio das Contas com suas águas claras, frias e correntes, dava-lhe um aspecto aprazível". (Sampaio, 1905).
 Anos mais tarde, entre 1880-890, a povoação volta novamente a prosperar e aumentar consideravelmente suas edificações (REIS, 1900). Por esse motivo, os habitantes empenharam seus esforços exigindo do governo a elevação dessa povoação à vila. Isso ocorreu em 1890 quando a "Povoação Fazenda do Gado" chegou à categoria de vila com denominação de "Villa de Jussiape".
 Alguns anos mais tarde, a sede foi transferida para o povoado de Barra da Estiva e, em 1899 volta novamente à condição de verdadeira sede do Município na Vila de Jussiape. Porém, em 1904, por ocasião da Reforma Judiciária do Estado da Bahia, a vila passa a ser anexada ao município de Minas de Rio de Contas. Dois anos mais tarde, 1906, sua sede volta para o município de Jussiape. Em 1920, por Lei do Estado, foi transferida novamente a sede da vila, município e termo de Jussiape para o povoado de Barra da Estiva. A nova sede permaneceu por pouco tempo ali pois, em 1921, baseado na Lei Estadual de 13 de agosto do mesmo ano, fez retornar a sede para a antiga e legítima Villa de Jussiape. E, por caprichos políticos, através da Lei Estadual de 15 de julho de 1927, acontece a transferência da sede para Barra da Estiva. Por esses motivos, criou-se uma divergência política entre essas duas povoações: Jussiape e Barra da Estiva.
 Somente em 09 de julho de 1962, pelo Decreto-Lei nº 1.704, o município de Jussiape foi criado, tornando-se independente dos municípios de Rio de Contas e Barra da Estiva.


 Fonte: Soraia Amorim Assunção.


A descoberta do local está ligada ao movimento expansionista do século XVIII, resultado da penetração dos bandeirantes no sertão, quando subiram o Rio das Contas à cata das pedras preciosas e do ouro. Assim, com o reconhecimento dos terrenos auríferos nas margens do rio, próximo à Serra da Tromba, onde haviam negros amocambados desde 1681, trataram logo de fundar uma fazenda de criação de gado, que passou a ser denominada "Fazenda do Gado", transformando-se rapidamente num ponto de parada de tropeiros. Em pouco tempo, o local se transformou num arraial. 
O distrito foi criado pela Lei Provincial nº 1638, de 14 de julho de 1876, tendo recebido o nome de "Vila de Jussiape", pelo Ato Estadual de 26 de outubro de 1890. Contudo, a sua instalação somente ocorreu em 20 de maio de 1898, pertencente ao município de Barra da Estiva, tendo como primeiro Intendente, o Coronel Rodrigo Alves Teixeira.
Fonte: Bahia turismo 



Jussiape foi restaurado com o distrito de Caraguataí e em 9 de julho de 1962, passou-se à categoria de cidade, com a Emancipação Política, sob Lei Estadual nº 1704, sendo Jussiape a sede do município e Caraguataí o principal distrito do município, tendo como o primeiro Prefeito, o Sr. Inácio Alencar, escolhido através de sorteio pela Câmara de Vereadores.
Fonte: Bahia  

ARQUITETURA DO MUNICÍPIO DE JUSSIAPE
Câmara Municipal de Vereadores 

Por ocasião da descoberta das Lavras Diamantina em 1844 (BAHIA, 1923), os primeiros moradores foram edificando alguns casebres térreos e sobrados iniciando a formação da povoação Fazenda do Gado; a Praça do Comércio, cujo nome se refere aos pontos comerciais que ali se estabeleceram como exemplo da farmácia, mercado (barracão) e outras casas comerciais; aí foi também o local de realização da feira, uma das maiores e mais concorridas da região, onde ocorria a compra e venda de animais. Na Praça da Intendência encontrava-se o melhor e muito bem construído palacete onde funcionava a "Casa da Câmara" ou "Intendência" ou ainda Paço Municipal"; a Praça ou Largo da Cadeia conta com um prédio modesto, destinado ao quartel e cadeia. Além das praças exibia também ruas bem alinhadas, bem edificadas e asseadas. A cidade conserva e mostra alguns casarões de beleza arquitetônica como a Câmara Municipal, o Mercado, casas residenciais, dois sobrados e a Igreja Matriz. Alguns desses casarões já sofreram modificações. A construção foi feita com alvenaria de adobe, onde a parede lateral apresenta uma espessura de, aproximadamente, 80 cm e, o piso da nave com tijolo de alvenaria. Na capela-mor encontra-se o altar que foi encomendado em Portugal no ano de 1866.
O transporte de Portugal a Salvador foi feito de navio e dessa localidade ele veio em lombos de animais até Vitória da Conquista e, daí até Jussiape a viagem continuou em tropas. Na sacristia esquerda encontram-se sepulturas, provavelmente instaladas no início do século XX, pois, a mais antiga sepultura encontrada data do ano de 1900. Ainda no interior da Igreja encontrava-se no 1º andar o coro, que servia de acomodação para a banda de música nos períodos festivos. A área externa era composta por "três partes superpostas por igual número de janelas rasgadas, guarnecidas por gradil de madeira" (BAHIA, 1980). A Igreja já passou por várias reformas, notando-se algumas modificações, a exemplo do piso e da área externa, que foi consideravelmente alterada. Essa edificação encontra-se localizada no centro da Praça Coronel Rodrigo Alves Teixeira. 
Existe outra casa de relevante interesse arquitetônico que á o Hotel Bonfim, cujos proprietários são os herdeiros da Sra. Júlia Luz Bonfim, situado à Praça Coronel Rodrigo Alves Teixeira, provavelmente construído no final do século XIX, a julgar pelas suas características tipológicas. Sua fachada principal apresenta seis janelas e uma porta que se encontra ligeiramente deslocada do centro. Atualmente essa casa urbana sofreu algumas modificações. Outra construção de valor arquitetônico é o sobrado cujo proprietário é o Sr. Manoel Borges da Silva, provavelmente construído em meados do século XIX possui dois pavimentos. Suas paredes, levantadas com alvenaria de abobes; e suas fachadas, muito austera, apresentam "portas e janelas com marco de madeira, verga reta e folhas cegas" (BAHIA, 1980). Esse edifício localiza-se também na Praça Coronel Rodrigo Alves Teixeira. Não há constatação de proteção e tombamento por parte do IPAC (Instituto de Proteção do Acervo Cultural da Bahia).
SORAIA AMORIM ASSUNÇÃO - 2007.

Hotel Bonfim (demolido 2015)


Farmácia Assunção 




Elevado à categoria de município com a denominação de Jussiape, pela lei estadual nº 1704, de 09-07-1962, desmembrado dos municípios de Barra da Estiva e Rio de Contas.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Jussiape, pela resolução provincial nº 1606, de 08-06-1876, subordinado ao município de Brejo Grande (mais tarde Ituaçu).
Elevado à categoria de vila com a denominação de Jussiape, por ato de 25-10-1890, desmembrado de Brejo Grande. Sede na povoação de Fazenda do Gado. Constituído do distrito sede. Instalada em 20-05-1891.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituída de 3 distritos: Jussiape, Barra da Estiva e Sincorá.
Pela lei estadual nº 1409, de 29-06-1920, a sede do município de Jussiape, foi transferida para a povoação de Barra da Estiva passando o município a denominar-se Barra da Estiva e Jussiape à condição de distrito (mudança de Sede).
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, Jussiape é distrito de Barra da Estiva.
Pela lei estadual nº 1521, de 13-08-1921, o município voltou a denominar-se Jussiape e Barra da Estiva à condição de distrito.
Pela lei estadual nº 1985, de 15-06-1927, o município voltou a denominar-se Barra da Estiva e Jussiape à condição de distrito.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Jussiape, figura no município de Barra da Estiva.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Jussiape, pela lei estadual nº 1704, de 09-07-1962, desmembrado dos municípios de Barra da Estiva e Rio de Contas. Sede no antigo distrito de Jussiape. Constituído de 2 distritos: Jussiape e Caraguataí, este desmembrado de Rio de Contas. Instalado em 07-04-1963.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Jussiape e Caraguataí.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE

Conhecimentos

Serra do Barbado


A Unidade de Conservação Serra do Barbado é constituída por um conjunto de serras altas onde se encontra o Pico do Barbado, ponto mais alto do Nordeste do Brasil com 2.033,33 metros de altitude, além de outros como o Pico do Itobira com 1.930 metros. Com uma área de 63.652 ha, localiza-se na porção sudeste da Chapada Diamantina, ocupando parte do território de seis municípios: Abaíra, Érico Cardoso, Jussiape, Piatã, Rio de Contas e Rio de Pires. O conjunto serrano altamente escarpado que compõe a Unidade de Conservação Serra do Barbado representa também uma zona de transição entre biomas da caatinga, do cerrado e da Mata Atlântica, além da presença de campos rupestres nas porções mais elevadas. Estas serras representam um verdadeiro “berço das nascentes” funcionando como divisor de águas das bacias hidrográficas do Rio Paramirim (São Francisco) e do Rio de Contas, com uma grande profusão de mananciais esculpindo o relevo com cascatas e poços de impressionante beleza cênica. Dentre as principais espécies animais encontradas na região, destacam-se, entre os mamíferos, algumas variedades de primatas, a suçuarana, o veado catingueiro, raposas, mocós e o tamanduá-mirim, entre outros. A avefauna é abundante, ocorrendo o endemismo de algumas espécies como o beija-flor-de-gravatinha-vermelha. Em relação à flora, vários estudos apontam a incidência de muitas espécies endêmicas, destacando-se a abundância de bromeliáceas, orquidáceas, vioziáceas e melastomáceas.
Fonte: Bahia turismo 
Outra Opção é pela BR-324 até Feira de Santana, depois pode decidir pela BR-116 até o entroncamento com a BR-242 (Bahia-Brasília) ou utilizar-se da BA-052 até Ipirá, seguindo pela BA-488 até Itaberaba. A partir desta cidade os dois caminhos seguem iguais sempre pela BR-242.
Do Bahia turismo. 
ESSE BLOG SERÁ ATUALIZADO COM NOVAS IMAGENS E ESTUDOS SOBRE O MUNICÍPIO DE JUSSIAPE.
AGUARDEM. 

Paisagem da Chapada Diamantina ❤
Praça Rodrigo Alves Teixeira 

Praça 09 de Julho 

2 comentários:

  1. Maravilha de informação.... Saudades desse belíssimo lugar!

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  2. Meu pai Flaviano saiu daí 1953, e fala dessa cidade com muito carinho. As fotos são bálsamo, para ele. Obrigada.

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