Diego
Ferreira de Novais, de 27 anos, foi detido novamente na manhã deste sábado ao
atacar outra passageira dentro de um coletivo na região da Avenida Paulista.
São
Paulo - O homem que foi solto na quarta-feira, após ser detido por ejacular em
uma jovem no ônibus, na cidade de São Paulo, foi preso novamente na manhã deste
sábado (2). Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, atacou outra mulher, dessa
vez em um ônibus que passava pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região do
Jardim Paulista. Pela segunda vez em menos de uma semana, ele foi impedido por
passageiros de sair do ônibus, e encaminhado ao 78º DP, segundo a Polícia
Militar.
Novais tem agora 16
passagens semelhantes na polícia, registradas nos últimos oito anos. O seu
modus operandi é o mesmo: dentro do ônibus, ele se aproxima da vítima, mostra o
pênis e, eventualmente, passa o órgão nela ou ejacula.
"Ela tentou sair e ele a
segurou com a perna", disse à reportagem a tenente da PM Stephanie
Cantoia, sobre o motivo que levou o delegado a registrar o crime como estupro.
A vítima, que entrou em estado de choque, tem entre 30 e 40 anos, e estava a
caminho do trabalho, onde é empregada doméstica, quando foi atacada. Ela saiu
coberta com uma blusa da delegacia sem falar com a imprensa. A identidade dela
foi preservada pela polícia.
O
delegado Rogério de Camargo Nader, do 78º Distrito Policial (DP), nos Jardins,
pediu à Justiça a prisão preventiva de Diego. A decisão, no entanto, deverá
sair no domingo (3) durante audiência de custódia. A autoridade policial ainda
teria solicitado ao juiz que irá analisar o pedido que submeta o preso a exames psicológicos para saber se ele pode
responder criminalmente por seus atos ou se deverá ser levado a tratamento
médico.
"Ele
foi autuado em flagrante pelo delito de estupro e foi pedido também a
instauração de incidente de insanidade mental", disse o delegado Nader
sobre os pedidos de prisão preventiva e inidente de insanidade mental. "Caso não seja
entendido como insanidade, será requerido também alternativamente, a prisão
preventiva."
Segundo o delegado, Diego confessou
o crime e ainda disse que já tentou suicídio e chegou a fazer tratamento
psiquiátrico. "Em caso de insanidade mental, ele iria para um presídio
manicomial, como Franco da Rocha [na Grande São Paulo]. Ele aparenta problemas
psiquiátricos", disse Nader. "Ele representa um risco para a
sociedade, sem dúvida alguma. No meu entendimento."
Diego
será levado para uma carceragem onde ficará preso sozinho por questão de
segurança.
Do G1
Últimas Notícias
O
pai do homem detido após ejacular no rosto de uma mulher dentro de um ônibus em
São Paulo, Diego Ferreira de Novaes, se pronunciou na noite da última
quinta-feira (31). Durante uma entrevista ao Jornal do SBT, o aposentado de 65
anos, que preferiu não se identificar, criticou a decisão da Justiça em dar
liberdade ao seu filho.
“O
que deveria ter feito é o juiz prender ele. É perigoso uma pessoa dessa estar
solta e o delito que ele pratica não é justo, né? (…) Em casa não posso ficar
com ele, porque ele é um cara muito forte. Ele é agressivo, muito agressivo”,
contou o pai de Diego.
O aposentado ainda afirmou que não sabe onde o filho
está, contudo acredita que ele viajou. “Acho que viajou pra Bahia. Se ficar
aqui os caras matam ele”, disse.
O
crime aconteceu na última terça-feira (29), mas o juiz José Eugênio Souza Neto
alegou que o caso não seria enquadrado como estupro, mas sim atentado ao pudor
e liberou o homem. “Entendo que não houve constrangimento, tampouco violência
ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco de ônibus, quando foi
surpreendida pela ejaculação do indiciado”, disse a decisão do juiz.
A Polícia Civil de São Paulo divulgou que Diego já havia
sido acusado, pelo menos, 16 vezes por crimes sexuais, entre casos de assédio e
estupro.
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